nA MEMÓRIA...
Sínteses das notícias publicadas nos jornais atuais que tiveram grande relevância na cidade, e até hoje fazem parte da memória dos cidadãos São-borjenses
Folha de São Borja: 04 de Setembro de 1979
Os preparativos na cidade para o retorno de Brizola do exílio contava com uma equipe de quarenta pessoas, entre integrantes do MDB e da Associação de Estudos e Debates do PTB, que se reuniam diariamente para discutir questões como a alimentação dos cinco mil visitantes esperados. A Granja São Vicente, da família da esposa do político, aparecia como hipótese de hospedagens. Os dois maiores hotéis da cidade na época – Charrua e Itaipu – contavam com reservas de jornalistas e de alguns políticos. De acordo com o comandante de polícia na época, Janot Marques de Oliveira, as expectativas eram de que “a entrevista coletiva de Brizola, no comitê de recepção poderá tumultuar um pouco o trânsito no centro, pela presença de populares... essa será a tarefa mais exigente para a Brigada Militar, que terá cerca de 50 homens disponí -

O Regional: 19 de junho de 2009

veis, que controlarão o trânsito desde o aeroporto até o centro da cidade”. Afirmava ainda que se houvesse necessidade os homens estavam treinados para intervirem em qualquer anormalidade. A imprensa também tinha atenção especial na cidade, sendo esperados 300 profissionais. Todas essas preparações somavam o custo de Cr$ 400 mil, considerados válidos, pois a cidade “teria mais uma vez a presença do grande líder do trabalhismo”, que era tido como uma bandeira de esperança a todos os brasileiros.
O acesso a ponte Internacional de São Borja, pela BR 285, foi palco de tragédia envolvendo três jovens da cidade, ocorrida em uma terça-feira por volta das 22h30min. A vítima fatal foi uma universitária de 21 anos que morreu na hora.
Outras duas pessoas ficaram gravemente feridas. O trio viajava de Santo Tomé de volta à cidade, quando o veículo dirigido pela mulher de 37 anos saiu da pista e capotou várias vezes. Os três passageiros foram jogados para fora do automóvel, o que indicava estarem em alta velocidade e sem o cinto de segurança. A motorista foi encaminhada em estado gravíssimo a um hospital em Porto Alegre, enquanto o jovem de 24 anos foi internado na CTI do hospital Ivan Goulart.
Folha de São Borja: 03 de outubro de 1984

Na terceira assembleia extraordinária em menos de um mês, a direção da Cotrisal concluiu, em cinco horas de reunião, que apenas um programa de emergência poderia reestruturar a cooperativa que vinha enfrentando graves problemas. Na notícia é mencionado que, para a próxima assembleia, era depositada a expectativa de que surgissem candidatos aos conselhos de Administração e Fiscal, caso contrário, duas medidas teriam que ser tomadas: a liquidação extrajudicial ou a autoliquidação da
cooperativa. Para solucionar parcialmente os problemas, a solução estaria na safra de trigo, porém, alguns produtores teriam receio de entregar suas colheitas à cooperativa. Contudo, o presidente da entidade assegurou que os lavoureiros seriam pagos em conformidade, uma vez que o pagamento era oriundo de recursos do governo estatal.
O Regional: 02 de outubro de 2009

Na capa, a manchete trazia a abertura da casa Memorial João Goulart, recém-reinaugurada. Através da Lei de Incentivo à Cultura, as restaurações orçaram em R$976 mil, sendo patrocinadas pela AES Sul e financiadas pela Secretaria de Cultura do Estado. Logo no conteúdo da reportagem é trazida um pouco da história da casa em que João Goulart viveu em sua infância e juventude.
O casarão foi construído no ano de 1927. Depois de 1994 foi doado à prefeitura. O acervo exposto no museu foi doação de familiares, amigos, admiradores do ex-presidente e pelo Instituto João Goulart. No texto da reportagem, consta que o valor do investimento para revitalização foi de R$780 mil, diferente do valor trazido pela manchete.
Folha de São Borja: 19 de maio de 2007

Uma jovem de 25 anos foi assassinada com 26 facadas por seu ex-namorado na Praça Marcírio Goulart Loureiro (Praça da Lagoa). O crime ocorreu logo após a moça sair do trabalho, cerca de três quadras do local. O autor apresentou-se na delegacia de polícia, acompanhado de seu advogado, indicando onde estava a arma utilizada no crime, e logo foi recolhido ao Presídio.
A polícia afirmou tratar-se de crime passional e que já haviam sete ocorrências registradas contra o ex-namorado, que estava proibido de se aproximar da jovem. O crime causou muita revolta entre os colegas de trabalho da jovem e em toda a comunidade são-borjense.
O Regional: 06 de julho de 2012

Em reunião realizada na Prefeitura, foi decidida a suspensão das aulas nas escolas municipais a partir do dia 09 de julho. As creches continuaram recebendo apenas aquelas crianças cujos pais necessitassem trabalhar.
Decidiram também sugerir à rede estadual que suspendesse as aulas, para que o risco de contaminação pela gripe H1N1 fosse reduzido. Antes dessa decisão, as escolas já estavam contando com medidas preventivas, como a distribuição de álcool gel entre os alunos.
Uma das escolas privadas da cidade já havia antecipado as férias de julho, como medida de prevenção
Folha de São Borja: 04 de abril de 2012

Considerada a maior operação da história da Polícia Civil Gaúcha, a Operação Navalha mandou para a prisão muitas famílias envolvidas com o tráfico de drogas. Foram identificadas 124 bocas de fumo de todos os níveis sociais, predominando famílias de baixa renda, inclusive com o envolvimento de crianças. No total eram 13 grupos que distribuíam drogas entre a cidade e região. A Polícia revelou que o conteúdo entorpecente era trazido do Paraguai. A operação recebeu tal nome devido a chefes do tráfico possuírem apelidos como Barba, Barbicha e Bigode, além de ser um considerada um corte no tráfico. Anos antes foram cometidos alguns homicídios, em decorrência do tráfico de drogas na cidade. Participaram desta operação 632 policiais e 155 viaturas.
O Regional: 10 de outubro de 2012

A vitória dos candidatos Farelo Almeida e Jéfferson Hommrich da coligação "A força da nossa gente", segundo a reportagem, foi um “teste para cardíacos”.
Nas primeiras urnas apuradas, dois dos candidatos favoritos seguiam praticamente empatados. Os aliados do PDT esperavam uma vitória muito mais folgada do que os 1.701 votos de vantagem. Muitos eleitores também apostavam em uma diferença bem maior, chegando a apostar em 10 mil votos a mais.
Mas foram as urnas do interior do município que fizeram a diferença para a vitória
Folha de São Borja: 08 de março de 2006.

Reportagem aborda a apresentação do projeto da vinda da Universidade Federal do Pampa à cidade, em evento no Centro Nativista Boitatá.
O evento contou com a presença de autoridades como o secretário executivo do MEC e representantes das Universidades Federais de Santa Maria e de Pelotas, além de personalidades locais.
No texto foi informado que as aulas começariam a funcionar no Colégio Sagrado Coração de Jesus, antes da entrega do prédio próprio, em terreno vizinho da Delegacia Polícia Federal, no bairro do Passo. No projeto, a Instituição iniciaria com um total de quatro cursos de graduação: Direito, Jornalismo, Serviço Social e Publicidade e Propaganda
O Regional: 19 de abril de 2013.

Parte de uma série de reportagens sobre personagens importantes da cidade, esta fala de um ex- vereador. Uma vez discutindo sobre o comunismo no Brasil com advogado Dino Lopes, o médico Alberto Beneventuto questionou: “ Como é possível entender como normal que um pedreiro tenha o salário inferior que o meu?” Tal questionamento deve-se à ideologia comunista, que defende que as pessoas devam viver em condições idênticas, independente do seu nível de formação. Era essa ideologia que defendia o médico são-borjense, nascido em 1927. Dedicado aos estudos, formou-se em uma época que isso era uma façanha para quem procedia de
de família não abastada. Em meio aos livros de Medicina, o jovem identificava-se com os movimentos estudantis que defendiam a igualdade entre os povos. Tais movimentos eram considerados por conservadores como anarquistas, baderneiros e comunistas, no ano de 1964 teve decretada prisão preventiva pelo envolvimento em movimentos estudantis, no mesmo ano o presidente da república o demitiu do cargo de médico da SAMDU. Chegou a ser vereador, e residia na antiga vila Treze de Janeiro, distrito de São Borja, em uma casa onde hoje se localiza a prefeitura de Santo Antônio das Missões.
Folha de São Borja: 24 de fevereiro de 1970

Texto traz a cidade de São Borja como uma comunidade rica: “em beleza, em progresso, rica em fé – por legado dos jesuítas – e rica por seu povo trabalhador, que prospera e produz”. A observação de progresso se dá de diversas maneiras: “na rua, onde o trânsito é bem disciplinado; nas inúmeras construções modernas em suas linhas arquitetônicas; nos estabelecimentos públicos, a exemplo da Biblioteca Municipal e o Museu, a Praça XV de Novembro”. O destaque cultural do município se dava pela Faculdade de Filosofia e Letras; o Colégio Normal Sagrado Coração de Jesus, que oferecia diversos ?; o Colégio Estadual de São Borja, que prestava muitos benefícios à juventude da terra; e uma escola para “excepcionais”. Importante para a cidade, em nível econômico, foi a construção dos silos da Cooperativa Tritícola São-borjense, e a construção da ponte sobre o rio Icamaquã. Em questões de moradia, a importância dada era para
a construção da Vila Cabeleira, comunidade empreendida com alto valor social “pois esses conjuntos que se situam em área urbanizada, possuem redes de água e esgotos, escolas primárias, armazéns, tudo enfim que é necessário para o perfeito funcionamento de um complexo residencial”. O realce da reportagem é dado ainda para a hospedagem aos visitantes da cidade, com ênfase ao Hotel Charrua, além dos restaurantes de categoria da época, como o “João de Barro”, o “Aldeia” e o “Anguera (também boate)”, e as várias lanchonetes e bares. Também salienta a variedade das lojas de moda, e as iniciativas a respeito dos sistemas de transporte e comunicações – indústrias, fábricas e homens de negócios, estabelecendo-se na cidade.
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